Fábrica clandestina de equipamentos para fraudar energia é fechada em Rondonópolis; sete são presos

A Polícia Civil prendeu sete pessoas em flagrante durante a segunda fase da Operação Cattus, realizada em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, na última segunda-feira (13). O grupo é suspeito de integrar uma associação criminosa especializada em fraudar medidores de energia elétrica.

De acordo com a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), os suspeitos atuavam há cerca de quatro anos e foram presos por furto qualificado de energia e associação criminosa. Durante a operação, uma fábrica clandestina que produzia e comercializava equipamentos para adulterar medidores foi fechada.

Segundo as investigações, o grupo oferecia os serviços ilícitos a comércios e residências da cidade. Três dos detidos eram sócios de uma empresa de manutenção elétrica e seriam os responsáveis pela instalação dos dispositivos de fraude. Outro membro era responsável pela captação de clientes e fornecimento de softwares para manipular os medidores.

A Polícia Civil também identificou ao menos quatro imóveis que utilizavam energia de forma irregular. Foram apreendidos diversos materiais usados nas fraudes, além de documentos que comprovam a prática criminosa.

A concessionária Energisa informou que, somente em 2023, registrou perdas de 728 mil gigawatts devido a furtos de energia. Isso representa uma evasão fiscal estimada em R$ 150 milhões ao estado.

A primeira fase da Operação Cattus foi deflagrada em 2022, quando uma rede de lojas de salgados foi flagrada com medidores adulterados. As investigações continuam para identificar outros envolvidos no esquema.